terça-feira, 19 de julho de 2011

Parábola do Joio e o Trigo | Mateus 13:24-30


Um semeador, durante todo o dia, semeou grãos de trigo no seu campo.
       Ao por do sol voltou para casa, cansado, mas, feliz por haver realizado sua missão de trabalho. Se­meara trigo e estava contente porque aquele trigo seria, em breve, transformado em pão, para ali­mento de muita gente.
       Porém, esse homem tinha um inimigo que inve­java suas plantações. O inimigo era mau e queria, a todo custo prejudicar as sementeiraS do fazendeiro.
       “Que farei?” — pensava o inimigo. E teve a idéia maldosa de semear pequenas pedras no campo de trigo; mas, poderiam ser retiradas e seu ódio não ficaria satisfeito. Resolveu, então, semear joio onde o trigo havia sido semeado. Foi esse o plano maldoso do inimigo do semeador.
       O joio é uma planta muito parecida com o trigo, mas, não serve para a alimentação do homem, po­dendo até envenená-lo. Eis porque o inimigo do fa­zendeiro quis fazer a mistura do joio com o trigo no campo, visando prejudicar a colheita e causar males aos que se alimentassem do produto daquele campo.
       O inimigo fez o que pensou. Durante a noite, enquanto o fazendeiro e seus trabalhadores dormiam, o homem maldoso entrou no campo e semeou joio no meio do trigal. Completada sua obra de ódio e ruindade, ele se retirou, cuidadosamente.
       Algum tempo depois, quando as espigas de trigo já surgiam no campo, apareceu também o joio.
Então, os trabalhadores foram dizer ao fazen­deiro o que haviam visto no campo:
— Senhor, não semeaste no campo somente boas sementes? Por que, então, está nascendo joio no tri­gal?
O fazendeiro já havia descoberto tudo e respon­deu aos servidores:
— Foi um inimigo que fez isso...
Os trabalhadores lhe perguntaram:
— Senhor, queres que vamos, agora mesmo, arrancar o joio?
O senhor, porém, lhes respondeu com uma expli­cação:
          - Não é possível fazer isso agora. Vocês sabem que o joio é muito parecido com o trigo.
          Se vocês quiserem arrancar o joio, que foi plantado junto com o bom grão, arrancarão também o trigo, pois as raizes de ambos muitas vezes se entrelaçam. Deixem que cresçam juntos o joio e o trigo. Na época da ceifa, eu direi aos ceifeiros que colham primeiro o joio e o atem em feixes para queimá-lo; e depois juntem o trigo no meu celeiro.
 
 A PACIÊNCIA DE DEUS


         O reinado de Deus é a boa semente semeada pelo Filho do homem, o trigo que cresce no mundo em meio a situações difíceis, em meio a forças inimigas. Os empregados da parábola do joio e do trigo são impacientes, querem acabar logo com joio.Fazem pensar nas atitudes imediatistas e simplistas, para não dizer vingativas e ciolentas, que hipocritamente dividem as pessoas em boas e más, em amigas e inimigas. 
          
A boa semente que o própio Jesus semeou tem em si o poder de germinar e frutificar, mesmo em meio ao joio. Mas, como as sementes precisam de tempo, o reino também requer paciência. É com paciência que Deus age. Deus não quer separar, mas dar tempo para que o reino  conteça no mundo e não fora dele. Jesus é o espelho dessa paciência divina, ao rejeitar o pecado e perdoar o pecador, ao procurar aqueles que a sociedae rotulava como malditos.
        Na expliação de Jesus, o joio são os "filhos do maligno", as pessoas que pactuam com maldade. Muitas situações e forças são claramente contrárias ao projeto de vida que Deus deseja. Mas, concretamente, não é o caso de fazer a "caça ao joio", mesmoporque não seria tão simples identificá-lo. E, sempre que se exclui alguém, algo de bom também  se perde. Além disso, querer fazer justiça  com as próprias mãos seria trair o próprio projeto de Deus.
         Aprender a paciência de Deus, em vez, é o convite do envagelho. Paciência não é conformismo, mas a certeza de que o reino está em curso, transformando a história, como a menor das sementes que naturalmente
se torna grande planta,como o fermento que tem a força de transformar toda a massa. O reino é o homem semeando no campo, é a mulher fermentando a massa, somos todos nós trabalhando juntos, pela transformação deste mundo para melhor.
         Um trabalho paciente, sobretudo para conviver com o joio.Não tanto o joio que geralmente identificamos com os outros, nossos inimigos, mas o joio mais daninho, aquele que está dentro de nós mesmos.
                                                                                   ( Pe. Paulo Bazaglia, ssp )

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