quarta-feira, 31 de outubro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Frei Galvão
Postado por Ronei Figueiredo às 17:48:00
Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, filho de pais piedosos e cuja família era reconhecida por sua grande caridade para com os pobres, nasceu em 1739 em Guaratinguetá, Estado de São Paulo, cidade situada bem próxima ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, tendo sido batizado com o nome de Antônio Galvão de França.
Viveu sua infância em meio à riqueza, já que seu pai Antônio Galvão de França, como imigrante português, era o capitão-mor da cidade, gozando de plenas regalias políticas e de situação econômica privilegiada. A mãe, por sua vez, era descendente de Fernão Dias Pais Leme, de linhagem nobre e famoso desbravador dos sertões do Brasil por ocasião das expedições dos bandeirantes.
Os pais, preocupados em zelar pela esmerada educação dos filhos, matricularam Frei Galvão no Colégio de Belém, que era administrado pelos padres da companhia de Jesus, onde já encontrava-se um de seus irmãos, de nome José. Era o ano de 1752 e Antônio Galvão tinha treze anos de idade quando ingressou no Colégio. Lá permaneceu por quatro anos, onde aprendeu ciências humanas ao mesmo tempo que aprofundou-se nas verdades divinas. Ao final desse período, manifestou ao pai o desejo de abraçar a vida religiosa. O próprio pai aconselhou-o a ingressar no convento dos franciscanos, já que havia um convento em Taubaté, não muito distante da sua terra, Guaratinguetá. E foi assim que Frei Galvão iniciou sua jornada, renunciando a todo o conforto das riquezas e influência social, para dedicar-se exclusivamente ao serviço de Deus.
Aos 21 anos de idade, fez o noviciado na Vila de Macacu, Rio de Janeiro, onde os confrades já percebiam o desabrochar da piedade e conduta exemplar que carregava consigo desde o tempo da infância. Em 1761 professou os votos solenes e somente um ano depois, por reconhecida sabedoria e já proclamadas virtudes, recebeu o sacramento da Ordem. Mesmo ordenado sacerdote, optou por dar continuidade aos seus estudos de filosofia e teologia no Convento de São Francisco, em São Paulo. Após formar-se assumiu, respectivamente, os cargos de pregador, confessor dos leigos e também porteiro do convento.
Distinguiu-se pela dedicação incansável ao sacramento da Penitência. Fazia parte da sua rotina não só atender às pessoas que lhe procuravam no convento para confessar-se, mas percorria caminhos extremamente longos a pé, para atender confissão dos fiéis nos mais longínquos rincões da cidade. Tal dedicação fez com que seus superiores o nomeassem confessor de um recolhimento de piedosas mulheres, em São Paulo. Foi lá que encontrou-se com a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa de profunda oração e que lhe confidenciara que o próprio Jesus lhe revelara o pedido de fundar oficialmente um novo Recolhimento. Após analisar, ouvir o parecer de pessoas sábias e esclarecidas no clero, Frei Galvão considerou válidas as visões de Irmã Helena. Assim, em 1774 fundou oficialmente o Recolhimento das "Recolhidas de Santa Teresa".
Um ano depois, Madre Helena teve morte repentina e Frei Galvão tornou-se a única referência espiritual das Recolhidas, trabalho que exerceu com grande zelo e humildade. Como crescesse vertiginosamente o número de vocacionadas, Frei Galvão dedicou-se por quatorze anos não só cuidando da ampliação do Recolhimento, mas também na construção da Igreja, inaugurada em 15 de agosto de 1802. Foi o próprio frade quem arquitetou e empreendeu a edificação, trabalhando como mestre de obras e como pedreiro.
Só em 1929, porém, que este Recolhimento viria a transformar-se no Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição, que deu origem a outros nove mosteiros, os quais tem Frei Galvão como fundador e guia. Daí o nome "Mosteiro das Concepcionistas", ou mais conhecido popularmente como "Mosteiro da Luz", sendo este o mesmo prédio projetado e construído pelo fundador.
Foi filho fiel, consagrado e devotíssimo à Santíssima Virgem Maria, entregando-se a uma vida austera, de freqüentes orações e duras penitências, ornadas com diligente caridade ao próximo. Como orientador espiritual das Recolhidas, prescreveu-lhes estatutos próprios, dando às mulheres diretrizes evangélicas marcadas pela caridade, oração, pobreza total, intensa penitência e amor fidelíssimo a Nossa Senhora. Constam, nesses inscritos de Frei Galvão:
"A padroeira é Maria Santíssima Senhora Nossa""As casas religiosas são casas de abundantes penalidades onde se alcança a coroa de um prolongado martírio"."Cédula irrevogável de filial entrega a Maria Santíssima, minha Senhora".
Era um franciscano simples que, normalmente no silêncio noturno, costumava aliviar os pobres em suas necessidades materiais e espirituais. Os doentes lhe procuravam freqüentemente, pois a ocasião não era propícia para tratamentos médicos adequados, tanto pela falta de recursos financeiros como pela limitação científica da época.
Numa dessas ocasiões, um jovem que padecia de dores renais violentíssimas lhe procurou, pois, diante da grave enfermidade já vislumbrava a face da morte aproximando-se em passo acelerado. Foi quando o santo frade, tomando às mãos pena e papel, escreveu uma frase em latim do Ofício de Nossa Senhora. Enrolou-o em forma de pílula e pediu ao jovem enfermo que a tomasse. Tão logo ingeriu a pílula, as dores cessaram e segundos depois, expeliu um grande cálculo. Ainda em meio a esse milagre, um senhor chegou ao local suplicando orações e que lhe desse qualquer remédio para a mulher que, naquele momento, sofria de sérias complicações de parto. Frei Galvão fez outra pilulazinha semelhante à primeira pediu que a levasse à esposa. Logo que a tomou, a criança nasceu, sem qualquer tipo de complicação para a mãe e para o filho.
A partir disso o poder milagroso das pílulas de Frei Galvão espalhou-se pela região e tantas pessoas dirigiam-se ao local que teve que ensinar as Irmãs do Recolhimento a confeccioná-las e dar às pessoas necessitadas, o que elas fazem até hoje. Curiosamente, na imensa relação de graças alcançadas por intercessão de Frei Galvão junto ao Mosteiro da Luz, embora 60 a 70% das curas estejam relacionadas a cura do câncer, grande parte refere-se a curas de cálculos renais, gravidez, parto e também de casais que, não conseguindo ter filhos, foram atendidos.
Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998. Na manhã de 23 de fevereiro de 2007, na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, o Papa Bento XVI anunciou a canonização de cinco beatos, dentre eles, Frei Galvão, nascido em Guaratinguetá/SP. A cerimônia foi realizada no dia 11 de maio de 2007 no Campo de Marte e presidida pelo Santo Padre em visita ao Brasil por ocasião da V Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino Americano e do Caribe, esta no Santuário Nacional de Aparecida. Com essa canonização, Frei Galvão é o primeiro brasileiro nato a receber a honra dos altares. Faleceu em 23 de dezembro de 1822. Seu corpo repousa na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construiu e é local de contínuas e fervorosas peregrinações. Lá também encontra-se sepultado o corpo da co-fundadora Irmã Helena Maria do Espírito Santo.
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Como obter as pílulas de Frei Galvão?
As pílulas de Frei Galvão são confeccionadas e fornecidas pelas Irmãs Concepcionistas do Mosteiro da Luz a qualquer pessoa. Basta enviar uma carta solicitando as pílulas e esclarecendo que já possui a Novena da Santíssima Trindade (tópicos seguintes) e peça às irmãs que reze por suas intenções. Não esquecer de colocar dentro desse envelope, um outro envelope selado e destinado a você mesmo, para poupar as Irmãs de trabalho e despesas postais. O endereço delas é o seguinte:
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Depois de receber as pílulas, como fazer a novena de Frei Galvão?
É muito simples. Você vai receber três pílulas no envelope. Tenha em mãos a Novena da Santíssima Trindade (próximo tópico) e tome uma pílula no primeiro dia da novena, outra no quinto e a última no nono dia. (Para quem não sabe, novena significa significa nove dias, devendo-se a cada dia rezar uma vez a oração da Santíssima Trindade). Nos casos mais graves, pode-se fazer a "Novena de Fogo" que, ao invés de nove dias, corresponde à nove horas seguidas, ou seja, a cada hora reza-se a oração da Santíssima Trindade, obedecendo-se o mesmo critério: uma pílula na primeira hora, outra na quinta e a última na nona hora da novena.
Novena da Santíssima Trindade
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo,eu vos adoro, louvo e vos dou graças pelos benefícios que me fizestes.Peço-vos, por tudo o que fez e sofreu vosso Servo, Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e vos digneis conceder-me a graça que ardentemente desejo. Amém.
Rezar (Também nas intenções das Irmãs):
1 Pai-Nosso, 1 Ave-Maria e 1 Glória ao Pai
Não esqueça de comunicar às Irmãs do Mosteiro da Luz as graças e milagres alcançados através da Novena de Frei Galvão. O endereço postal é o mesmo que mencionamos acima.
Reflexões:
O Papel de Frei Galvão ao escrever sua história de santidade, remonta seus primeiros passos como legislador das Concepcionistas, prescrevendo, de próprio punho, as regras das "Recolhidas da Imaculada Conceição". Regras, aliás, que indicam o caminho da Cruz e de um "prolongado martírio", mas revestido de ternura e compaixão com os que sofrem, com os pobres e doentes. Isso traduz uma vida de verdadeira entrega e amor cristão: assumir a Cruz e ao mesmo tempo aliviar as dores do próximo. Virtude tão santa e perpetuada pelas mãos das Concepcionistas, que tantos alívios concedem ao Povo de Deus com suas orações e com a distribuição das miraculosas pílulas de Frei Galvão.
Os brasileiros se alegram e agradecem a Deus por este momento tão especial e significativo para a Igreja, de ver elevado aos altares o primeiro filho da Terra da Santa Cruz. Um presente ornamentado com as mais belas jóias de piedosa devoção e calorosa emoção pela presença do Santo Padre em nosso País, que pessoalmente presidiu a canonização no Campo de Marte para na seqüência, seguir para a V Conferência Episcopal no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que tão próxima encontra-se à cidade de Guaratinguetá.
Um ambiente onde tudo está muito próximo, um aconchego que faz lembrar o pedido do pai de Frei Galvão, quando este decidiu ingressar na vida religiosa: Que optasse pelo convento de Taubaté, próximo à Guaratinguetá, onde morava a família, para ficar "mais pertinho" do filho recém vocacionado. Nisso vemos o carinho e a delicadeza da Mãe, que ornamentou carinhosamente a casa em dia de festa, colocando as coisas em seu devido lugar, para que tudo ocorresse em perfeita harmonia com a história do nosso santo, Seu devotíssimo servo. Fatos evidentes que nos certificam a inexistência do acaso.
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, soldado de Maria, protetor dos aflitos, pai das Concepcionistas, orgulho dos franciscanos, rogai por nós!
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terça-feira, 23 de outubro de 2012
Ser x Ter
Postado por Ronei Figueiredo às 18:30:00
a) Para ler: Tiago 5, 1 - 6 e Atos 4, 32 - 37
b) Para conversar
1. Para ser feliz é preciso ser rico? Por quê?
2. Qual é o segredo da felicidade?
3. Cristo era rico no céu, mas nasceu pobre. O que isso nos ensina?
c) Para saber
Hoje em dia muitos pensam no dinheiro para serem felizes. Os meios de comunicação social, quem vivem do consumismo, espalham aos quatro cantos e por todos os modos que ter dinheiro é a coisa mais importante do mundo.
As pessoas deixam de lado o ser, ou seja, suas realizações mais íntimas e profundas, suas vocações, a alegria de viver, o serviço ao próximo, uma vida mais tranqüila, sem ambições exageradas (valores espirituais), para ter: ter dinheiro de sobra, ter carro do ano, ter aparelho de som sofisticado, ter isto, ter aquilo (valores materiais). E para isso deixam a Igreja, o lazer, a convivência, adoecem, ficam estressados etc.
O ser humano precisa de valores materiais e espirituais para viver. Isso, entretanto, deve ser bem equilibrado, para que vivamos felizes. Se buscarmos os valores materiais sem procurar ao menos na mesma (ou até maior) intensidade os valores espirituais, a nossa vida torna-se-á um verdadeiro inferno.
No trecho acima dos Atos dos Apóstolos, vemos como os primeiros cristãos partilhavam tudo o que tinham: "e não havia entre eles indigente algum". Nesse caso, o "ter" está a serviço do "ser". Os jovens de hoje acreditam que o ser é importante, mas chegaram à conclusão que para ser é preciso ter. Já não é mais a luta entre o ser e o ter, pois ambos se fundiram: "eu vou ter, para poder ser alguém na vida".
Sem valores humanos e espirituais, de nada adianta aos homens e mulheres terem muito dinheiro. Diz Jesus em Mt 16, 26: "o que aproveitará ao homem, se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?"
Jesus nos deu o exemplo. De rico, fez-se pobre, e morreu numa cruz. Se o dinheiro trouxesse a felicidade, talvez Jesus nascesse rico. Mas não traz. O segredo da felicidade é fazer a vontade de Deus, amá-lo e amar os irmãos. Se você fizer a vontade de Deus, amá-lo, partilhar seus bens e seus dons com o próximo, será uma pessoa cada vez mais feliz, pois Jesus prometeu a quem busca o Reino nada faltará (Mt 6, 33 - 34).
Eu diria que quanto mais uma pessoa deixa deixa o individualismo, procura estar a serviço da comunidade, da sociedade, das pessoas necessitadas (não só das pessoas pobres, mas também das doentes e carentes afetivamente), mais ela será feliz, mais alegre será a sua vida.
Diz Santa Tereza de Jesus: "Nada te perturbe, nada te espante. Quem com Deus anda, nada lhe falta. Só Deus basta".
d) Para viver
Procure equilibrar os valores materiais com os espirituais, ou seja, estude bastante, contente-se com poucos bens materiais, não fique pedindo a seus pais que comprem isso ou aquilo, seja generoso para com os outros, não seja uma pessoa "pão-dura", nem egoísta, e sobretudo ame a Deus, e você será uma pessoa feliz e alegre. O mundo e a vida sempre lhe sorrirão.
e) Para fazer
Faça uma lista do que você gostaria de ter e, ao lado, os nomes das coisas estritamente necessárias para você viver.
f) Para rezar
Salmo 34(33), em dois coros.
Marcadores: Catequese, Formações, Temas para a catequese
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Importância do(a) catequista na sociedade hodierna
Postado por Ronei Figueiredo às 23:17:00
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
Para termos uma vaga idéia da necessidade do(a) catequista hoje, basta abrirmos os jornais, onde vislumbramos tanta violência, desrespeito aos direitos mínimos do ser humano, tantos desvios de conduta daqueles que o povo escolheu para conduzir a sociedade. Vivemos em uma sociedade hedonista, consumista, injusta, sem qualquer espiritualidade, como se a vida fosse um festim, iniciada com o nascimento e finda com a morte. Nessa linha de raciocínio, entende-se, então, ter que “curtir” a vida, porque tudo se acaba, tudo passa com o final da vida.
Com efeito, o homem “encontra-se, pois, dividido em si mesmo, e, assim toda a vida humana, quer singular, quer coletiva, apresenta-se como uma luta dramática entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. Mais: o homem descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sente-se como preso com cadeias. Mas o Senhor em pessoa veio, para libertar e fortalecer o homem, renovando-o interiormente e lançando fora o príncipe deste mundo (Jo 12, 31), que o mantinha na servidão do pecado” (in “Gaudium et Spes”). Ressoa como esperança o grito da alma, sempre em busca de seu Deus e criador: “Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração inquieta-se enquanto não descansa em Ti” (Santo Agostinho in “Confissões”).
Bem, por tudo o que acima referimos, pode-se vislumbrar a importância do(a) catequista para a sociedade de hoje, pois ele(a) é o transmissor, ao lado da Igreja hierárquica das verdades transmitida por Jesus Cristo, única salvação.
Com efeito, toda catequese se faz ao redor de Cristo Jesus. “É o “Cristocentrismo’ da Catequese, procurado com insistência pelo Sínodo dos Bispos de 1977 e tão ricamente ilustrado pelo Papa João Paulo II no capítulo I da ‘Catechesi Tradendae’. ‘Cristocentrismo’ significa não só que Cristo deve aparecer na Catequese como ‘a chave, o centro e o fim do homem, bem como toda a história humana’ (GS 10), mas que a adesão à sua pessoa e à sua missão, e não só a um núcleo de verdades, é a referencia central de toda a Catequese” (n. 95 e 96 – Doc. 26 da CNBB – “Catequese Renovada”). O(a) catequista é, pois, o leigo engajado na missão de mostrar ao mundo contemporâneo que Cristo, caminho, verdade e a vida, é a única solução para que o homem de hoje tenha unidade consigo mesmo e dê um sentido final a sua vida, muitas vezes palmilhada por sofrimentos e dores.
Com efeito, o(a) catequista vivendo na sociedade pode, numa linguagem menos clerical, falar ao homem de hoje, entender seus problemas e indicar-lhe o caminho da paz , da serenidade e da alegria de viver, tudo isso sem desvio da integridade da mensagem de Cristo e de sua Igreja. Cristo mesmo, como se vê nos Evangelhos, sempre deu destaque à catequese, tanto assim que enviou 72 discípulos para levar a boa nova a lugares, onde Ele não tinha estado. Deu aos enviados a missão de levar a paz, sem outro qualquer objetivo. “Depois disto, designou Jesus outros setenta e dois e enviou-os dois a dois, adiante de si, a toda cidade e lugar onde havia de ir. E lhes disse: ‘A messe é grande e os operários são poucos; rogai, pois, ao Senhor da messe que mande operários à sua messe. Ide, envio-vos como cordeiros ao meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sapatos e a ninguém saudeis pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes dizei primeiro: A paz seja com esta casa... Em qualquer cidade onde entrardes e vos receberem, comei o que vos for servido e curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O reino de Deus está perto de vós’” (Lc 10). Ora, não se pode negar que esses 72 discípulos foram os primeiros catequistas. E dessa forma, o(a) catequista deve ser, antes de tudo, um propagador da PAZ, como o Senhor deseja e quer para o mundo de hoje.
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quinta-feira, 18 de outubro de 2012
O Sofrimento de Jesus (Análise Física)
Postado por Ronei Figueiredo às 16:30:00
TUDO ISSO PARA NOS SALVAR...
Relato aqui a descrição das dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet : dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão. "Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso portanto escrever sem presunção."
Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno Raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado!
Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.
Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio!
Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".
Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".
E você, o que faz por ele?!?"
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Vida de Santa Edwiges
Postado por Ronei Figueiredo às 11:24:00Vida de Santa Edwiges
Na Europa Ocidental havia uma região chamada de Silésia, apos a segunda Guerra, a maior parte da região foi cedida à Polônia. Na época a Europa estava dividida em pequenos ducados e principados, havia imponentes castelos e o luxo era desmedido se comparado com a miséria da população, foi nesse tempo que nasceu uma Duquesa.
O nobre Bertoldo de Andech, casado com a jovem Inês tiveram oito filhos, uma das filhas casou-se com Filipe, rei da França, outra com André, rei da Hungria e foi mãe de Santa Isabel da Hungria, e outra se tornou abadessa beneditina.
No ano de 1174 nasce a Duquesa Edwiges, sua mãe Inês reunia os filhos muitas vezes ao dia para ensinar-lhes a rezar e contava histórias de mártires e santos que alegrava a muito a pequena Edwiges.
Aos seis anos Edwiges é colocada em um mosteiro para ser educada entre religiosas e quando completou doze anos seu pai arrumou o seu casamento com Henrique que era Duque da Silésia.O casamento realizou-se em 1186 e toda nobreza compareceu ao casamento, dentre eles sua majestade Inês, rainha da França, Gertrudes rainha da Hungria, ambas irmãs de Edwiges.
Após o casamento Edwiges que passa a ser Duquesa da Silésia e da Polônia chega ao seu castelo e aos treze anos tem seu primeiro filho, logo com a graça de Deus tiveram mais cinco filhos. A duquesa e seu marido tinham a castidade em alto preço guardavam a abstinência nos dias santos e nas sextas-feiras em memória a Paixão de Cristo, e após uma vida em comum diante do Bispo juraram não manter mais uma vida matrimonial e viveram assim por mais de trinta anos, na oração e no jejum para assim glorificarem a Deus.
Quando os filhos já estão adultos surgem uma rivalidade entre os irmãos Henrique o filho mais velho e Conrado o segundo filho, e surgem uma guerra o que causa um grande sofrimento a Edwiges. O filho mais velho Henrique sai vitorioso e o irmão Conrado ao sair em uma caçada foi atacado por uma fera que ele mesmo tinha ferido, vindo a falecer alguns dias depois, nesses tempos Edwiges tinha também acabado de perder o seu terceiro filho Boleslau.
No ano de 1227 ocorreram guerras violentas por terras e poder, o marido de Edwiges fica gravemente ferido e mais tarde veio a falecer, depois o filho Henrique parte para defender o reino contra os mongóis que trucidavam a população não respeitando velhos ou crianças, chega então a notícia da morte de Henrique. Em meio a tanta dor Edwiges se mantém forte e sofrendo em silêncio ensina a todos a respeitarem a vontade de Deus.
Após a morte do marido Edwiges retirou-se para o mosteiro de Trebnitz onde sua filha Gertrudes era Abadessa, e assim a rica duquesa se fez pobre entre as pobres monjas.Edwiges considerava os religiosos como uma porção eleita do povo de Deus e por eles tinha um imenso respeito e as considerava como pessoas santas.Edwiges e o marido fundaram diversos mosteiros e doavam generosas esmolas.
Santa Edwiges se considerava uma pecadora e as monjas como santas e por respeito tomava um pouco de água com que as monjas lavavam os pés, nos dando uma lição de humildade e respeito para com os religiosos.
Exemplos de Humildade e Paciência
Edwiges sempre se vestia com humildade apesar de sua riqueza e sua posição social, seu marido via nela um exemplo e ele era também conhecido por sua generosidade e passava muito tempo servindo aos franciscanos pelo amor a pobreza e humildade.
A santa não quis fazer os votos de religiosa apesar das insistências de sua filha, não por amor ao dinheiro, mas para poder fazer o bem distribuindo esmolas, pois era muito rica apesar de vestir-se com extrema pobreza.
Edwiges via em cada pobre a imagem de Cristo e distribuía seus bens em abundância para pagamento de sua “multidão de pecados” como ela dizia sempre.
Ao lado da humildade segui a paciência, nunca respondia asperamente e quando alguém lhe causava desgosto dizia “Que Deus lhe perdoe”, e mostrou uma imensa conformidade à vontade de Deus nas mortes de seus entes querido, sem jamais proferir uma reclamação ou palavra injusta.
Jejum e abstinência
Santa Edwiges jejuava quase todos os dias, menos nos domingos e dias festivos quando tomava duas refeições, durante quarenta anos não comeu carne, sue irmão Bispo de Bamberg a aconselhava a não ser tão rigorosa, mas sua convicção era imensa.
Seu marido Henrique em uma ocasião em que Edwiges estava doente pedia a ela que tomasse um pouco de vinho e se alimentasse melhor, mas um mordomo acusou Edwiges de não estar obedecendo ao marido, quando Henrique chegou próximo a mesa onde Edwiges estava se alimentando, pegou de repente o cálice e provou e sentiu o gosto do melhor dos vinhos, os empregados ficaram maravilhadas, pois estavam certos de terem colocado apenas água no copo.
Edwiges era penitente até nas vestes no tempo em que a nobreza se vestia com um luxo excessivo, a Santa tinha muita simplicidade e se agasalhava pouco no rigoroso inverno polonês.Andava sempre descalça nos pavimentos gelados do palácio, na igreja permanecia sempre de joelhos e uma vez uma criada que a acompanhava estava quase morrendo de frio quando colocou os pés no lugar onde Edwiges havia estado e sentiu um grande calor e começou a sentir-se melhor.
Por andar entre caminhos pedregosos seus calcanhares eram duros e rachados, conforme testemunhos da monja Juliana, essas rachaduras eram imensas, delas escorria um líquido sanguíneo que ia marcando seus passos na terra ou na neve.Usava Edwiges uma dura corda feita de crina com vários nós que era áspera e causava ferimentos em seu corpo, tudo para procurar mortificar e sofrer para expiar os pecados que achava ter. Tudo isso foi revelado no processo de canonização da santa.
De sua boca só saiam louvores a Deus e ao próximo, e como dizia o apóstolo são Tiago que quem não peca pela língua é santo, e neste aspecto ela também era santa.
A oração era constante na vida de Santa Edwiges, passava noites ajoelhada rezando e durante as missas usava um véu para esconder as lágrimas que saiam dos olhos devido à emoção de participar do Santo Ofício.
Enquanto houvesse sacerdote a santa sempre pedia que celebrassem missas, certa vez pediu ao capelão de nome Martinho que fosse buscar um padre para celebrar uma missa, o capelão com certa má vontade saiu pelo caminho e encontrou um irmão leigo e o apresentou a santa Edwiges, que cheia de simplicidade, julgando que ele fosse um padre, por confundir sua acentuada calvície com a tonsura clerical, pediu ao irmão que rezasse um missa.O homem se espantou e explicou que não era padre, mas um leigo que não sabia ler. A santa pediu desculpas dizendo que não estava caçoando dele e que fizera aquilo por ignorância e voltando-se ao capelão disse com mansidão:
Perdoe-lhe Deus por ter me enganado assim.
Santa Edwiges tinha um amor muito grande a Virgem Santíssima, a Jesus Sacramentado e a Paixão de Cristo. Aconselhado por Edwiges, seu marido Henrique construiu o mosteiro das monjas da ordem de Cister em Trebnitz e a santa deixou parte de seu dote de casamento para sustentar o mosteiro, além de generosas esmolas cedidas a tantos pobres e ordens religiosas.
A sua caridade era imensa e a sua compaixão pelo próximo era movida pelo imenso Respeito e Temor a Deus, tinha compaixão pelos prisioneiros, e pelos pobres e endividados. Como era muito rica, a duquesa possuía muitas terras e bens e perdoava todas as dividas e nunca desamparava um pobre que a ela recorresse.
Como na terra já realizava muitos milagres e muita caridade também dos céus perto de Deus seu poder de intercessão é muito grande, alguns milagres de Edwiges na terra são notórios como a cura de muitas irmãs do monastério, em alguns casos de cegueira.
Ressuscita os mortos
Certa vez um homem foi condenado à forca por ter roubado, os parentes do condenado foram recorrer à santa que pediu ao seu marido pelo condenado, o Duque respondeu que talvez o homem já tivesse sido morto, mas que se ele estivesse vivo seria perdoado, um soldado saiu rapidamente par ver se o homem estava vivo, mas encontrou o homem pendurado na forca e tirando a espada cortou a corda e o homem ressuscitou e o soldado disse a ele: “Graças a nossa santa senhora você foi perdoado”.
Outro fato foi relatado em Roma por várias testemunhas no processo de beatificação: Certa vez um inimigo declarado do Duque e conhecido mal-feitor foi preso e condenado à forca, para que Edwiges não soubesse da condenação, o duque mandou que o prisioneiro fosse executado na mesma madrugada, naquela noite Edwiges havia passado a noite na igreja e voltava para casa ao amanhecer e ela ficou sabendo da morte do condenado, ela pediu ao esposo que perdoasse aquele homem e o duque com a certeza de que ele já estava morto consentiu.Assim que o homem já morto há tempos foi retirado da forca recobrou a vida e desde então o duque ordenou que fossem libertados todos os prisioneiros pelos quais ela pedisse.
A morte da santa
Como se aproximava a morte de Edwiges, sua filha a abadessa Gertrudes perguntou a ela onde queria ser sepultada e a santa respondeu que gostaria de ser sepultada em um cemitério comum, como insistia sua filha em dar-lhe um túmulo na igreja a santa pediu para ser sepultada perto do altar de São Bartolomeu Apóstolo, mas a filha insistiu para que ela fosse sepultada diante do altar de São Pedro e Edwiges como tinha o dom dae prever o futuro como o fez em muitas vezes disse: “Se fizerem assim não terão mais sossego as monjas”, e como ela disse aconteceu devido às multidões que iam visitar o tumulo da santa.
Assim no dia 15 de novembro de 1243 morreu Santa Edwiges, seu pobre corpo estava dilacerado pelas penitências, as irmãs ao se prepararem para lavar o corpo da Santa ficaram horrorizadas ao verem sobre o corpo um duríssimo cilício e na cintura uma grossa corda de crina toda retorcida. Seu corpo estava coberto de feridas e a vista das irmãs o corpo tão pálido e quase azulado por causa dos freqüentes jejuns e macerações começou a tomar um tom róseo e a brilhar com uma luz celeste e um perfume emanava de seus lábios.
Os milagres começaram a se multiplicar para a glória de Deus, foram numerosos e dentre eles há o caso do filho do soldado Vitoslau Boresh que tinha sete anos de idade e adoeceu gravemente, na ânsia de respirar o peitinho da criança estava aprofundado as mãos e os pés estavam já amortecidos, o soldado que serviu à Santa Edwiges pediu nos seguintes termos : “ Minha senhora eu a servi durante a sua vida e lhe peço sua intercessão para que meu filho não morra “ e assim que terminou esta prece o menino voltou a falar e desapareceram os sinais de morte, o fato foi narrado no processo de beatificação da Santa e atestado por testemunhas.
No dia 15 de outubro de 1267, Edwiges é canonizada para glória de Deus e bem da Igreja, mais tarde foi canonizada Santa Teresa D’Avila, justamente no dia 15 de outubro de 1515 e a festa de Santa Edwiges foi transferida para o dia 16 de outubro.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Reflexão
Postado por Ronei Figueiredo às 17:07:00
Somos convidados, a olharmos para dentro de nós mesmos e ver o que realmente rege sobre a nossa vida ou o que temos de valor em nossa vida no nosso caminhar. Afinal! "Onde esta o teu tesouro ai esta teu coração”. Na primeira leitura fala da Sabedoria, que o sábio prefere a esta que a todos os bens da terra. Olhando bem, como falta sabedoria aos homens de nosso tempo buscam de tudo na vida, se dedicam a tudo para poder possuir mais, para ter mais prazer sobre a vida, usam qualquer tipo de armas para conseguir o que querem, mas não têm sabedoria para buscar o que leva a eterna felicidade.
Na verdade se distraem com o imediatismo que o mundo oferece, com as coisas fáceis, com o que menos dá trabalho e não conseguem perceber o verdadeiro sentido da própria vida. Assim temos que refletir, analisar, buscar o mais fundamental da vida, mas não com pensamentos humanos ou dentro de uma lógica humana e sim no Espírito Santo, Ele é nosso auxiliador, nosso mestre, o único que pode nos conduzir a fontes seguras e nos apresentar a verdadeira Sabedoria – Jesus. Quando descobrimos Jesus como a razão de nossa vida e colocamos tudo o que somos e o que temos em suas mãos nada nos falta, estaremos completos e a vida começa a fluir de forma tão nova que nada poderá nos impedir de sermos felizes, “pois uma riqueza incalculável está em suas mãos”. A Sabedoria se confunde com a Palavra, isto é, é a mesma pessoa – Jesus. Jesus é Palavra do Pai, o Verbo, Jesus também é a Sabedoria de Deus, é d’Ele que necessitamos e nada mais.
1ª Leitura - Sb 7,7-11
Em comparação com a Sabedoria julguei sem valor a riqueza.
1ª Leitura - Sb 7,7-11
Em comparação com a Sabedoria julguei sem valor a riqueza.
Leitura do Livro da Sabedoria 7,7-11
7 Orei, e foi-me dada a prudência;
supliquei, e veio a mim o espírito da sabedoria.
8 Preferi a Sabedoria aos cetros e tronos
e em comparação com ela, julguei sem valor a riqueza;
9 a ela não igualei nenhuma pedra preciosa,
pois, a seu lado, todo o ouro do mundo
é um punhado de areia
e diante dela, a prata, será como a lama.
10 Amei-a mais que a saúde e a beleza,
e quis possuí-la mais que a luz,
pois o esplendor que dela irradia não se apaga.
11 Todos os bens me vieram com ela,
pois uma riqueza incalculável está em suas mãos.
Palavra do Senhor.
Quando olhamos para o evangelho o Senhor nos trás alguns ensinamentos importantes. Primeiramente quando diz ao jovem “Só Deus é bom, e mais ninguém” na verdade Ele está dizendo “então Eu sou Deus”. Olhando para o questionamento do jovem talvez pudéssemos também perguntar ao Senhor: O que devo fazer para ir para o Céu? Certamente a resposta seria a mesma, o problema é que esquivamos dessa pergunta e talvez nos colocamos diante de Deus pedindo “favores que atendam nossas necessidades temporais” e nem nos preocupamos com o Céu. Na verdade nos falta refletir sobre o Céu: Como queremos chegar à casa do Pai? Como vai ser nosso encontro com Deus e vê-lo face a face? Como queremos passar nossa eternidade feliz junto com Deus e com aquela imensidão de pessoas que foram resgatadas pelo sangue do cordeiro como nos diz Apocalipse? “Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão, e bradavam em alta voz: A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro”. (Ap 7 9-10). É nossa decisão o caminho que queremos seguir e onde queremos chegar e a graça para isso o Senhor nos concede e o salário de nossa escolha é a vida eterna, mas antes temos que seguir os passos de nosso Mestre, assim como Ele passou por tantas dificuldades nós também devemos passar, mas não como uma consequência natural da vida que nos favorece com tantos problemas a cada dia e sim por “causa do Evangelho”. Esta é a diferença dos que sofrem e dos que se entregam a Deus como servos em “ordem de batalha”.
2ª Leitura - Hb 4,12-13
A Palavra de Deus julga os pensamentos e as intenções do coração.
Evangelho - Mc 10,17-30
Vende tudo o que tens e segue-me!
2ª Leitura - Hb 4,12-13
A Palavra de Deus julga os pensamentos e as intenções do coração.
Leitura da Carta aos Hebreus 4,12-13
12 A Palavra de Deus é viva, eficaz
e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes.
Penetra até dividir alma e espírito,
articulações e medulas.
Ela julga os pensamentos e as intenções do coração.
13 E não há criatura que possa ocultar-se diante dela.
Tudo está nu e descoberto aos seus olhos,
e é a ela que devemos prestar contas.
Palavra do Senhor.
Evangelho - Mc 10,17-30
Vende tudo o que tens e segue-me!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 10,17-30
Naquele tempo:
17 Quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo,
ajoelhou-se diante dele, e perguntou:
'Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?'
18 Jesus disse: 'Por que me chamas de bom?'
Só Deus é bom, e mais ninguém.
19 Tu conheces os mandamentos:
não matarás; não cometerás adultério; não roubarás;
não levantarás falso testemunho;
não prejudicarás ninguém;
honra teu pai e tua mãe!'
20 Ele respondeu: 'Mestre, tudo isso
tenho observado desde a minha juventude'.
21 Jesus olhou para ele com amor, e disse:
'Só uma coisa te falta:
vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres,
e terás um tesouro no céu.
Depois vem e segue-me!'
22 Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido
e foi embora cheio de tristeza,
porque era muito rico.
23 Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos:
'Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!'
24 Os discípulos se admiravam com estas palavras,
mas ele disse de novo:
'Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!
25 É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha
do que um rico entrar no Reino de Deus!'
26 Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso,
e perguntavam uns aos outros:
'Então, quem pode ser salvo?'
27 Jesus olhou para eles e disse:
'Para os homens isso é impossível, mas não para Deus.
Para Deus tudo é possível'.
28 Pedro então começou a dizer-lhe:
'Eis que nós deixamos tudo e te seguimos'.
29 Respondeu Jesus:
'Em verdade vos digo,
quem tiver deixado casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos,
campos, por causa de mim e do Evangelho,
30 receberá cem vezes mais agora, durante esta vida
- casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos,
com perseguições -
e, no mundo futuro, a vida eterna.
Palavra da Salvação.
O Senhor apresentou ao jovem os mandamentos que se refere ao nosso amor ao próximo os três primeiros que se refere a Deus ele nem tocou no assunto porque se amarmos os irmãos certamente amaremos a Deus. A receita foi nos apresentada é só trilharmos este caminho com toda a ansiedade de chegar ao Céu que faremos o que o Senhor nos propõe.
Corramos, pois o Céu está próximo!
Adaptado por Ronei Figueiredo.
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Santa Teresa d'Ávila 1515-1582
Postado por Ronei Figueiredo às 12:50:00
Com grande alegria lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada "Doutora da Igreja": "Santa Teresa D'Ávila".
Nunca um santo ou santa mostrou-se tão "carne e osso" como Teresa d'Ávila, ou Teresa de Jesus, nome que assumiu no Carmelo. Nascida no dia 28 de março de 1515, seus pais, Alonso Sanchez de Cepeda e Beatriz d'Ávila y Ahumada, a educaram, junto com os irmãos, dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Aos sete anos, tentou fugir de casa e peregrinar ao Oriente para ser martirizada pelos mouros, mas foi impedida. A leitura da vida dos santos mártires tinha sobre ela uma força inexplicável e, se não fossem os parentes terem-na encontrado por acaso, teria fugido, levando consigo o irmão Roderico.
Órfã de mãe aos doze anos, Teresa assumiu Nossa Senhora como sua mãe adotiva. Mas o despertar da adolescência a levou a ter experiências excessivas ao lado dos primos e primas, tornando-se uma grande preocupação para seu pai. Aos dezesseis anos, sua atração pelas vaidades humanas era muito acentuada. Por isso, ele a colocou para estudar no colégio das agostinianas em Ávila. Após dezoito meses, uma doença grave a fez voltar para receber tratamento na casa de seu pai, o qual se culpou pelo acontecido.
Nesse período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais místicas, de visões e conversas com Deus. Todavia as tentações mundanas não a abandonavam. Assim atormentada, desejando seguir com segurança o caminho de Cristo, em 1535, já com vinte anos, decidiu tornar-se religiosa, mas foi impedida pelo pai. Como na infância, resolveu fugir, desta vez com sucesso. Foi para o Convento carmelita da Encarnação de Ávila.
Entretanto a paz não era sua companheira mais presente. Durante o noviciado, novas tentações e mais o relaxamento da fé não pararam de atormentá-la. Um ano depois, contraiu outra doença grave, quase fatal, e novamente teve visões e conversas com o Pai. Teresa, então, concluiu que devia converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua definitiva vivência da religião, no Carmelo, tomando o nome de Teresa de Jesus.
Órfã de mãe aos doze anos, Teresa assumiu Nossa Senhora como sua mãe adotiva. Mas o despertar da adolescência a levou a ter experiências excessivas ao lado dos primos e primas, tornando-se uma grande preocupação para seu pai. Aos dezesseis anos, sua atração pelas vaidades humanas era muito acentuada. Por isso, ele a colocou para estudar no colégio das agostinianas em Ávila. Após dezoito meses, uma doença grave a fez voltar para receber tratamento na casa de seu pai, o qual se culpou pelo acontecido.
Nesse período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais místicas, de visões e conversas com Deus. Todavia as tentações mundanas não a abandonavam. Assim atormentada, desejando seguir com segurança o caminho de Cristo, em 1535, já com vinte anos, decidiu tornar-se religiosa, mas foi impedida pelo pai. Como na infância, resolveu fugir, desta vez com sucesso. Foi para o Convento carmelita da Encarnação de Ávila.
Entretanto a paz não era sua companheira mais presente. Durante o noviciado, novas tentações e mais o relaxamento da fé não pararam de atormentá-la. Um ano depois, contraiu outra doença grave, quase fatal, e novamente teve visões e conversas com o Pai. Teresa, então, concluiu que devia converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua definitiva vivência da religião, no Carmelo, tomando o nome de Teresa de Jesus.
Aos trinta e nove anos, ocorreu sua "conversão". Teve a visão do lugar que a esperaria no inferno se não tivesse abandonado suas vaidades. Iniciou, então, o seu grande trabalho de reformista. Pequena e sempre adoentada, ninguém entendia como conseguia subir e descer montanhas, deslocar-se pelos caminhos mais ermos e inacessíveis, de convento em convento, por toda a Espanha. Em 1560, teve a inspiração de um novo Carmelo, onde se vivesse sob as Regras originais. Dois anos depois, fundou o primeiro Convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva de São José em Ávila, onde foi morar.
Porém, em 1576, enfrentou dificuldades muito sérias dentro da Ordem. Por causa da rigidez das normas que fez voltar nos conventos, as comunidades se rebelaram junto ao novo geral da Ordem, que também não concordava muito com tudo aquilo. Por isso ele a afastou. Teresa recolheu-se em um dos conventos e acreditou que sua obra não teria continuidade. Mas obteve o apoio do rei Felipe II e conseguiu dar seqüência ao seu trabalho. Em 1580, o papa Gregório XIII declarou autônoma a província carmelitana descalça.
Apesar de toda essa atividade, ainda encontrava espaço para transmitir ao mundo suas reflexões e experiências místicas. Na sua época, toda a cidade de Ávila sabia das suas visões e diálogos com Deus. Para obter ajuda, na ânsia de entender e conciliar seus dons de espiritualidade e as insistentes tentações, ela mesma expôs os fatos para muitos leigos e não apenas aos seus confessores. E ela só seguiu numa rota segura porque foi devidamente orientada pelos últimos, que eram os agora santos Francisco Bórgia e Pedro de Alcântara, que perceberam os sinais da ação de Deus.
A pedido de seus superiores, registrou toda a sua vida atribulada de tentações e espiritualidade mística em livros como "O caminho da perfeição", "As moradas", "A autobiografia" e outros. Neles, ela própria narra como um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo. Doente, morreu no dia 4 de outubro de 1582, aos sessenta e sete anos, no Convento de Alba de Torres, Espanha. Na ocasião, tinha reformado dezenas de conventos e fundado mais trinta e dois, de carmelitas descalças, sendo dezessete femininos e quinze masculinos.
Beatificada em 1614, foi canonizada em 1622. A comemoração da festa da transverberação do coração de Santa Teresa ocorre em 27 de agosto, enquanto a celebração do dia de sua morte ficou para o dia 15 de outubro, a partir da última reforma do calendário litúrgico da Igreja.
O papa Paulo VI, em 1970, proclamou santa Teresa d'Ávila doutora da Igreja, a primeira mulher a obter tal título.
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